quinta-feira, 29 de março de 2007

BH PARA OS BELORIZONTINOS

Museu Abílio Barreto traz história da capital e desenvolve projetos para atrair a população

Na década de 40, um diamantinense recém-chegado na capital começou a trabalhar na prefeitura e se viu encantado pela história de Belo Horizonte. Com a preocupação de preservar e divulgar o acervo de documentação histórica da cidade, convenceu o então prefeito, Juscelino Kubitschek, a criar um museu para BH. Novidadeiro como era, JK comprou a idéia de Abílio Barreto e cria o museu homônimo, cuja sede adotada foi a Fazenda do Leitão, um dos últimos casarões da época do Curral Del Rei (sua construção data de 1883) ainda preservado, localizado no bairro Cidade Jardim.

De lá pra cá, apesar dos esforços de Abílio Barreto, o museu não foi bem cuidado e nem recebeu os incentivos necessários à boa conservação de seu acervo, o que acabou gerando sua deterioração. Apenas em 1991 foi aprovada a verba para a reforma do casarão e para a construção de uma sede maior e mais moderna. “Na época em que trabalhávamos no casarão, ficávamos todos numa mesma mesa, não havia espaço para nada” conta a responsável pela
biblioteca do museu, Magda Alencar, que trabalha no MHAB há 17 anos.

Em 1998 foi inaugurado o moderno prédio localizado na Avenida Prudente de Morais, em um espaço anexo ao jardim do casarão, que foi restaurado e hoje abriga a exposição “BH Tempo e Movimentos”, que exibe objetos da época do Curral Del Rei.


Além da sala de exposições - que atualmente apresenta a exposição “Ver e Lembrar: monumentos em BH” o
prédio tem um auditório para conferências, onde acontecem lançamentos de livros, debates e colóquios, além de apresentações musicais. Toda primeira quinta-feira do mês a Veredas Produções promove, gratuitamente, o evento “Dois Tempos”, que traz artistas mineiros para apresentações musicais em duas sessões, uma às 19h e a outra às 21h. O prédio conta também com uma biblioteca equipada com computadores e todo tipo de publicações de arte, história do Brasil, museologia, jornais antigos – como o extinto Binômio, jornal mineiro de contestação da Ditadura Militar e até publicações que relatam a inauguração da cidade, em 1897 – além de teses e trabalhos acadêmicos sobre Belo Horizonte e urbanização em geral.

Uma locomotiva a vapor, um elevador e um bonde, todos datados do início do século passado, estão em constante exposição no jardim do museu, e recentemente a diretoria instalou um enorme mapa iluminado de Belo Horizonte, com todos os bairros delimitados, além de boxes com fotos e dados da cidade ao longo desses 109 anos. “É muito importante que todos saibam que as visitas são gratuitas, assim como os eventos que acontecem no museu” afirma Magda. Iniciativas como o Domingo no MHAB, que traz música e apresentações teatrais para crianças no palco do jardim do museu, movimentam o espaço e atraem quem passa pela região, mas esse projeto só deve ser retomado a partir do
mês de Junho.

O Museu Histórico Abílio Barreto fica na Av. Prudente de Moraes, 202 Bairro Cidade Jardim como chegar?



Aonde mora a minha história?



Escola Integral vai ampliar as visitas de escolas


Grupo: Clara Massote, Eduardo Drummond, Fabio Gruppi,George Figueiredo, Marcelo Zícker e Marina Toledo

5 comentários:

Unknown disse...

A matéria ficou boa, mas muito institucional.... seria boa para divulgar o museu e essa não é a função do jornalismo cultural... outra problema: o recorte editorial proposto, que é 'cidade invisível': o que há de invisível nesse museu, que é um dos mais conhecidos de BH?
Geane

Clara wm disse...

Bom, Geanne, ne verdade, a reportagem estava em texto corrido e não sabíamos que ele iria ser dividido, por isso a parte que trata do tema do trabalho não ganhou destaque. Ela está meio "escondida" na parte que fala do Café do Museu. Como a própria funcionária do Museu que entrevistamos nos contou, muitos moradores da região nem sabem que aquele prédio abriga um museu sobre Belo Horizonte, e por isso concluímos que ele é, sim, um tanto "invisível".

Marina Toledo disse...

Geane o Museu Histórico Abílio Barreto é um dos mais conhecidos de Belo Horizonte. Todo mundo conhece, sabe aonde fica, mas o museu não é muito visitado. Por isso é invisível. As exposições são pouco frequentadas. Acho que a idéia do grupo ir lá no museu e filmar as exposições e colocar no you yube foi ótima, mas eu gostaria que a reportagem tivesse ficado um pouco diferente no blog.

Marina Toledo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
8o JN 1/2007 disse...

A matéria tá muito parecida com um release...

Fabio Correa